sábado, 17 de outubro de 2009

da beira do caos
à beira do cais
um corpo transborda pra dentro
afunila dimensões corpo adentro
trepida nos movimentos para além do centro

na beira do cais:
caos

inquieta-se no espaço vazio
à beira do cais
alaga-se no vento
e sopra-se no mar
à beira do caos
abisma-se no ar
precipita-se na margem
na beira do caos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Uma prosa inacabada sobre Mito

Inda pouco li o que é mito, que ainda teima em perdurar no inconsciente seletivo e no processo coletivo da massa entoada e passiva, até não mais. Massa acomodada, que dorme à espera do dia em que.
Caminhamos, convictos da certeza, mas não sabemos nem. A imagem perdura. Mitos, santos, milagres, bonecas infláveis, adornos e pingüins de geladeira. A imagem embaça os olhos de quem vê mas não vê. Enjoamos fácil, esquecemos rápido e o que fica ninguém quer saber ninguém quer saber ninguém quer saber ninguém quer saber ninguém quer saber ninguém quer saber...