sábado, 17 de outubro de 2009

da beira do caos
à beira do cais
um corpo transborda pra dentro
afunila dimensões corpo adentro
trepida nos movimentos para além do centro

na beira do cais:
caos

inquieta-se no espaço vazio
à beira do cais
alaga-se no vento
e sopra-se no mar
à beira do caos
abisma-se no ar
precipita-se na margem
na beira do caos.

2 comentários:

Malu Mourão disse...

Professora Meire, sou a sogra de Michelle Mourão.
Amei seu blog, seus textos e poemas
Vou adicioná-la ao MSN, para podermos conversar melhor.
Beijos de afeto
Malu Mourão.

aluisio martinns disse...

Estamos todos à beira, mas poucos ousam o desprendimento, abandonar-se as tormentas e não esperar retorno dos amores idos e, mesmo que voltem, não cabem trapiches nem caprichos, salvo o transbordamento, a inundação do sentir. Sua poesia me navegou por instantes e, à deriva, aceno horizontes de minha alma. Parabéns